O Museu

As Muitas Formas
de Navegar

Na orla histórica da Cidade do Rio de Janeiro, a mais importante cidade portuária brasileira, a Marinha do Brasil construirá o primeiro museu marítimo público do país. Localizado em longo ancoradouro, o MuMa se define como um museu da história marítima brasileira, de seus mares e rios que perfazem os sentidos plurais do que chamamos de brasilidades e que nos constituem e nos diferenciam.

Para abarcar o universo marítimo, o museu fará convergir os campos da ciência, da história e da arte, oferecendo ao público a experiência de mergulhar na multifacetada história marítima brasileira: suas muitas formas de navegar, construídas por seu povo em ampla diversidade e riqueza.

Terá também como tema central o próprio mar e seu complexo universo na trajetória humana: suas significações históricas, econômicas, culturais, simbólicas e mitológicas.

O Museu Marítimo do Brasil buscará desenvolver e fortalecer entre nós o que chamamos de consciência marítima: a importância e riqueza dos mares e rios, o mar como fator de aproximação entre os povos e, dentro de nossas particularidades, a importância do que chamamos “Amazônia Azul”, nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE) no mar, e que reserva um enorme património econômico, ecológico e cultural.

Palavra do curador

Paulo Knauss

Consultor permanente

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Exposições

O MUSEU MARÍTIMO DO BRASIL PRETENDE PROPORCIONAR AOS SEUS PÚBLICOS EXPERIÊNCIAS SIGNIFICATIVAS E ACESSÍVEIS A PARTIR DA REALIZAÇÃO DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS E DE LONGA DURAÇÃO, POPULARIZANDO CONHECIMENTOS INOVADORES E ABORDANDO TEMAS CAPAZES DE MOBILIZAR A REFLEXÃO COLETIVA DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

A exposição de longa duração do Museu Marítimo do Brasil apresentará a riqueza do patrimônio cultural representativo da diversidade da experiência marítima brasileira a partir da memória de barcos e das formas de navegar. Tanto para caracterizar os contextos das várias paisagens culturais da costa atlântica e dos grandes rios de proporções oceânicas do Brasil, como para caracterizar o contexto contemporâneo das atividades marítimas de escala industrial.

Estaleiros de Mocanguê – 1922 e N.V. Baependy (1899) Fotografia em tom de sépia de duas fotos dispostas verticalmente: Na primeira, na parte superior direita: “Estaleiros de Mocanguê – 1922". Vistos do alto em um dique seco, dois grandes navios lado a lado cercados por galpões. À esquerda, O navio N.V. Baependy ancorado e, à direita, uma chaminé industrial. Ao fundo, uma enseada e algumas montanhas cobertas por névoa. Na segunda foto, na parte superior esquerda: “N.V. Baependy – 1899”, e, na direita : “Estaleiros de Mocanguê em 1925”. Ao centro, visto do mar, os navios, os galpões com grandes janelas e a chaminé. Perto de nós, as águas tranquilas.
Estaleiros de Mocanguê, RJ, 1922-25. Coleção Fotográfica do Arquivo da Marinha do Brasil.

Acervo

Tendo como base o acervo museológico e documental mantido pela Diretoria do Patrimônio e Documentação da Marinha (DPHDM), a formação da coleção do Museu Marítimo do Brasil tem como ponto de partida a mais antiga coleção de modelos de embarcações tradicionais do país, reunida no início do século XIX pelo almirante Alves Câmara (1852-1919) e que vem sendo ampliada ao longo dos anos.

Atualmente a coleção é composta de 64 modelos navais e 62 itens da arte da construção naval tradicional. O acervo conta ainda com objetos arqueológicos originários de naufrágios, raros exemplares de mapas e cartas náuticas, atlas e manuscritos do século XVI, além de instrumentos de navegação como agulhas de marear, astrolábios e sextantes.

Arquitetura

Definido a partir de um concurso público nacional organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RJ), que elegeu o arquiteto e urbanista Rodrigo Quintella Messina e sua equipe como vencedores, o projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil se integra ao processo de requalificação da área portuária, que busca resgatar a vocação marítima da cidade.

Dois edifícios vão compor o conjunto arquitetônico do MuMa. Um edifício de recepção e serviços, no continente, levará os visitantes através de uma passarela, ao prédio principal, como se estivessem entrando em uma embarcação.

O edifício principal será construído horizontalmente em um longo ancoradouro, com 300 metros de comprimento e dois pavimentos, e abrigará, de maneira autônoma, as áreas expositivas temporárias e permanentes.

Obedecendo a critérios de sustentabilidade, inovação e acessibilidade, ele se integrará aos outros equipamentos do Espaço Cultural da Marinha e se abrirá para as águas da baía, dando origem a um espaço de democratização do conhecimento e promoção da cidadania.

A previsão para inauguração do MuMa é 2028.

Ilustração 3D: Vista aérea. À esquerda, uma península com casas e prédios baixos. Ao fundo, a Ponte Rio-Niterói, estrutura longa e contínua, atravessa o horizonte da baía e conecta dois pontos da cidade sobre o mar. Ao centro, sobre a água, o edifício do museu é retangular, com fachada clara. À direita, um cais com prédios brancos e telhados laranja. Na parte inferior da imagem, uma ampla praça com jardins e área de passeio.
Ilustração 3D: Em um dia ensolarado, ao fundo montanhas. Ao centro, entre o cais e o mar, o complexo do Museu Marítimo do Brasil, com estrutura alongada e telhado claro. A esquerda uma grande embarcação branca ancorada no pier. Por trás do museu, edifícios de tamanhos variados.
Ilustração 3D: Vista externa, área aberta do Museu Marítimo do Brasil. O edifício segue da esquerda para direita. No andar superior à fachada é composta por uma estrutura metálica retangular com vidros translúcidos. O andar inferior é aberto e amplo, do lado direito uma rampa interliga os andares. Pessoas ocupam os espaços de ambos andares. A frente, do lado esquerdo um jardim com folhagens onde crianças brincam, no lado direito calçada larga, onde pessoas caminham em direção ao museu.
Ilustração 3D: Interior do prédio do museu. Um ambiente moderno e amplo, tem pé-direito alto, piso escuro de pedras de tamanhos variados, na parte superior grandes janelas de vidro e metal e na parte inferior o guarda-corpo do mesmo material em toda extensão do prédio. No salão, poltronas e pequenas mesas circulares. À esquerda, visitantes contemplam a vista externa. À direita, um mezanino com guarda-corpo. Abaixo do mezanino, balcão liso e claro. Em todo espaço pessoas circulam.

O Projeto
arquitetônico

As navegações não são apenas vetores de desenvolvimento das cidades, mas também reservatórios de imaginação e mistério, já que constituem um modo fundamental de encontro entre diferentes culturas e naturezas.

A partir deste norte, desenvolvemos o projeto preliminar para o Museu Marítimo do Brasil, um espaço público de muitas histórias, que procura ser menos para os navios e mais para os navegantes. Propomos ao mesmo tempo revelar hospitalidade e uma reflexão sobre o outro, gerando uma convivência socioambiental necessária com a cidade do Rio de Janeiro.

O sítio onde será implantado o Museu pode ser entendido através de duas espacialidades distintas: a de um largo no continente, curto e amplo; e a de um píer, longo e estreito. A diferença espacial entre ambos exige respostas projetuais diversas e complementares; para isso, no continente será erguido um edifício vertical e, no píer, um horizontal.

Rodrigo Quintella Messina e equipe

Nossa Marca

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Criada pela Danowski Design, a marca do Museu Marítimo do Brasil busca conectar arte, ciência e história, tendo como inspiração os mares e rios brasileiros. De fácil compreensão pelo público, explora graficamente a geometria das ondas, que descrevem direções horizontais (de propagação) e verticais (de vibração), fazendo alusão ao desejo institucional de se propagar a cultura marítima para toda a sociedade brasileira.
E assim ….

“Definimos a letra M, presente nas iniciais de Museu e Marítimo, como ponto de partida, acentuando sua sinuosidade. Ao topo do M construído, adicionamos uma segunda onda, que não apenas enfatiza os contornos oscilantes, mas também representa a memória impressa pelo movimento dos corpos aquáticos sobre as superfícies que tocam. A composição final ainda nos apresenta uma segunda leitura, na qual uma onda do mar se confunde com a paisagem montanhosa.”

Danowski Design