``Muitas Formas de Navegar``
Na orla histórica do Rio de Janeiro, a mais importante cidade portuária brasileira, a Marinha do Brasil construirá o primeiro museu marítimo público do País. Localizado em longo ancoradouro construído na região central carioca, diante da Igreja de Nossa Senhora da Candelária, o Museu Marítimo do Brasil será um museu da história marítima brasileira, seus mares e rios que perfazem os sentidos plurais do que chamamos de “brasilidades” e que nos constituem e nos diferenciam.
Para abarcar o universo marítimo, o museu fará convergir os campos da ciência, da história e da arte, oferecendo ao público a experiência de mergulhar na multifacetada história marítima brasileira: suas muitas formas de navegar, construídas por seu povo em ampla diversidade e riqueza. Terá também como tema central o próprio mar e seu complexo universo na trajetória humana: suas significações históricas, econômicas, ecológicas, culturais, simbólicas e mitológicas.
O Museu Marítimo do Brasil buscará desenvolver e fortalecer entre nós o que chamamos de consciência marítima: a importância e riqueza dos mares e rios, o mar como fator de aproximação entre os povos e, dentro de nossas particularidades, importância do que chamamos “Amazônia Azul” – nossa Zona Econômica Exclusiva (ZEE) no mar, que reserva um enorme patrimônio econômico, ecológico e cultural.
O novo museu se juntará a um importante circuito de museus e centros culturais já existentes ao longo da antiga Zona Portuária da cidade, sendo edificado no epicentro deste percurso recentemente reaberto e recriado à beira-mar da centenária orla da Cidade do Rio de Janeiro.
Evandro Salles,
Curador do Museu Marítimo do Brasil
Acervo
Tendo como base a coleção de objetos e documentos mantida pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), o Museu Marítimo do Brasil reunirá desde objetos arqueológicos originários de naufrágios até embarcações históricas brasileiras. Dentre os destaques, figuram a Galeota Real, belíssima embarcação que pertenceu à família imperial brasileira e era usada para transporte de pessoas pela Baía de Guanabara, bem como astrolábios, sextantes e outros instrumentos de navegação. Serão também apresentados diferentes tipos de embarcações (desde os modelos regionais, como as jangadas), maquetes, mapas, fotografias, filmes e documentos resultantes de pesquisas e que constituem a história marítima do Brasil, retratando seus diferentes sujeitos sociais e momentos mais significativos.
Projeto arquitetônico
Definido a partir de um concurso público nacional organizado pelo Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RJ) que elegeu o arquiteto e urbanista Rodrigo Quintella Messina e sua equipe como vencedores, o projeto arquitetônico do Museu Marítimo do Brasil é parte da requalificação da área portuária que busca resgatar a vocação marítima da cidade. Construído horizontalmente em um longo ancoradouro, com 300 metros de comprimento e dois pavimentos, abrigará de maneira autônoma as áreas expositivas temporárias e permanentes. Tem como destaque uma passarela que leva os visitantes ao prédio principal como se estivessem entrando em uma embarcação. O edifício estará elevado do chão, de modo a criar uma cobertura para a área expositiva do Espaço Cultural da Marinha, ao qual está integrado.
``Mais para os navegantes``
As navegações não são apenas vetores de desenvolvimento das cidades, mas também reservatórios de imaginação e mistério, já que constituem um modo fundamental de encontro entre diferentes culturas e naturezas. A partir deste norte, desenvolvemos o projeto preliminar para o Museu Marítimo do Brasil, um espaço público de muitas histórias, que procura ser menos para os navios e mais para os navegantes. Propomos ao mesmo tempo revelar hospitalidade e uma reflexão sobre o outro, gerando uma convivência socioambiental necessária com a Cidade do Rio de Janeiro.
Rodrigo Messina, Francisco Rivas e Martin Benavidez
Arquitetos e urbanistas dos escritórios messina | rivas
e Ben-Avid Studio, vencedores do concurso arquitetônico
Nossa Marca
Como mencionado pela sua empresa criadora – Danowski Design – a marca do Museu Marítimo do Brasil busca conectar arte, ciência e história, tendo como inspiração os mares e rios brasileiros. De fácil compreensão pelo público, explora graficamente a geometria das ondas, que descrevem direções horizontais (de propagação) e verticais (de vibração), fazendo alusão ao desejo institucional de se propagar a Cultura Marítima para toda a sociedade brasileira.
E assim ….
“Definimos a letra M, presente nas iniciais de Museu e Marítimo, como ponto de partida, acentuando sua sinuosidade. Ao topo do M construído, adicionamos uma segunda onda que não apenas enfatiza os contornos oscilantes, mas também representa a memória impressa pelo movimento dos corpos aquáticos sobre as superfícies que tocam. A composição final ainda nos apresenta uma segunda leitura, na qual uma onda do mar se confunde com a paisagem montanhosa.”.
Danowski Design
Patrocínio
Apoio
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Realização
Realização
O Museu Marítimo do Brasil será o primeiro museu público do País a se debruçar sobre o complexo relacionamento entre nosso povo e nossas águas. Uma relação repleta de mitologias, mas também de história, de ciência e igualmente de arte, de batalhas, sim, porém, com amores na mesma medida.
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